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2011/04/22

VIVER OU POUPAR?



Estava eu em consulta quando foi abordado um tema que achei de algum interesse para todos nós
Como gerir a nossa vida em função dos recursos de que dispomos. As opções, assim a priori, parecem ser:
1-ou viver como se não houvesse amanhã e “estoirar” tudo no dia de hoje
2-ou não viver hoje para poder garantir alguma estabilidade no amanhã…
Recordando uma das conversas que há muitos anos tive o privilégio de ter com um Rabino judeu, dizia-me ele, na sua enorme sabedoria pontuada com pragmatismo e bom senso, que devemos tentar adquirir o equilíbrio agindo na vida sempre pelo meio-termo pois além de ser geralmente o mais sensato é no meio-termo que se encontra a virtude. Realmente este tão sábio e velho conselho aplica-se a qualquer circunstância.
Ora vejamos: Se consumirmos tudo o que possuímos hoje, amanhã poderemos ver-nos em muito maus lençóis, será uma atitude muito irresponsável.
Por outro lado, se não nos permitimos viver hoje para guardar para amanhã, e se por alguma razão não chegarmos ao amanhã acabámos por não viver nem hoje nem amanhã!
Concluímos que o melhor mesmo, é não deixar de viver alguns (não todos…) prazeres hoje, e simultaneamente guardar algo para o amanhã. Nos dias que vão correndo torna-se cada vez mais difícil…mas… quem disse que as lições e os aprendizados são fáceis?
Amor e Luz
Di

2011/04/05

EXPECTATIVAS EM RELAÇÂO AOS OUTROS


Todos nós tendemos a alimentar expectativas em relação aos outros.
Porque esperamos que ajam e reajam conforme o padrão que criámos para eles e quando assim não acontece, invariavelmente ficamos desiludidos?
Será que os outros simplesmente não correspondem às nossas expectativas?
Ou o será que somos nós que ilusoriamente esperamos que o outro nos complete e nos faça feliz, o que nos leva a criar expectativas irrealistas?
Tudo indica ser esse o caso, é sem duvida uma característica inerente ao ser humano, em toda a sua complexidade e no seu caminho evolutivo, quando existe em si uma lacuna, uma parte que se sente carente e não realizada, sobe a parada em relação aos outros na expectativa de que eles preencham esse vazio e essa carência.
Tendemos a procurar no estímulo exterior e geralmente naqueles que nos são próximos, a resposta para algo que mesmo não sabendo nós definir com exactidão sabemos no entanto que nos falta, que precisamos de mais…
É já evidente hoje, que quando procuramos no nosso íntimo, quando paramos para olhar para dentro, chegamos à conclusão que afinal a carência é nossa, e não foi o outro que nos desiludiu … talvez seja também a melhor altura para reexaminar a nossa vida diária, a nossa rotina, e tentar perceber as áreas em que não nos sentimos realizados, o que nos está faltando e também o que poderemos fazer para alterar essa situação.
Pode passar por fazer um curso ou workshop, entregar-se a um voluntariado, frequentar aulas de dança, ir bungee jumping, meditar…quem sabe, as possibilidades são enumeras, cada um de nós possui uma parte criativa que precisa expressar para se sentir realizado e preenchido, que nos proporciona alegria e bem estar. Quando o fazemos, conseguimos aproximar-nos de um equilíbrio e de uma plenitude onde imediatamente nos tornamos menos expectantes e menos emocionalmente dependente dos outros.
Já pensou nisso?
Amor e Luz
Di